Trump vencerá: 10 razões

01 - ESPERANÇA X MEDO

A “mass media” clintoniana repete dia e noite que “Trump apela para o medo” enquanto que a campanha de Hillary se baseia exclusivamente em assustar as pessoas sobre as terríveis consequências de se eleger Trump. Não lhe lembra o Brexit? Ah, lhes aviso, se votarem no Brexit, será o fim do Reino Unido e do mundo! Bem, o Brexit criou um precedente que desmoralizou fortemente esse tipo de “terrorismo”.

Absolutamente, Hillary não representa em nenhum grau qualquer esperança de mudança, pois, ela mesma está calcando sua campanha totalmente na promessa de garantir a continuidade de Obama, como uma estratégia desesperada de herdar seus decisivos eleitores latinos e negros.

Nessas eleições, dentro da ditadura bipartidária americana, somente um candidato encarna esperança e mudança, Trump. E não importa o que fará no governo, pois nos EUA, não importa o que se diz na campanha, como prova bem o governo de Obama, o que importa é se a campanha funciona ou não. Trump promete mudar tudo, e a única esperança para quem está exausto do estabilishment ou se frustrou com Obama, somado a sólida base anti-democrata e pró-republicana, é Trump.

02 - RETROSPECTIVA X PERSPECTIVA

Hillary participou de prévias onde teve toda a máquina partidária e midiática a seu lado, o DNCLeaks revelou ainda que operou de modo a fraudar o processo e prejudicar Bernie Sanders. Do outro lado, Trump enfrentou a máquina partidária e midiática republicana e democrata e venceu.

Hoje, Hillary tem um partido rachado, que contra toda a narrativa midiática, ficou exposto na convenção democrata. Por outro lado, na convenção republicana, o único que ousou se rebelar contra Trump teve sua carreira política decretada como encerrada (Ted Cruz). Trump tem hoje um partido unificado, e cada republicano, como Mike Bloomberg, que mudar de lado, provocará mais dano a imagem “progressista” de Hillary, já manchada, do que penalizar Trump, já calejado pelas prévias.

Trump já passou por um teste de stress brutal, tudo que ele enfrentará a partir de agora será, em perspectiva, um alívio. Enquanto que Hillary, em seu retrospecto, sofrerá danos eleitorais fortemente com qualquer revés que lhe apareça, como nas vaias do DNC, como mostram as pesquisas.

03 - CENTRISMO x EXTREMISMO

Mais uma vez a propaganda contradiz a realidade. A grande mídia americana berra dia e noite que Trump é um extremista perigoso. E porquê? Porque “Trump só pensa nele”. Mas acompanhando o discurso de Hillary e o DNC o que vemos é uma canonização brega e histérica da “experteza”, “generosidade”, “inteligência”, “firmeza”, de Hillary. É uma babação tão doentia que causas enjôo ao escutar.

Enquanto o que diz Trump? “Eu sou a sua voz”. O candidato anti-sistema. O que vai se focar no ISIS, ao invés de derrubar Assad. O que é contra o TPP. O que tem coragem de dizer coisas difíceis, o que enfrenta de frente toda a máquina de propaganda e partidária até do próprio partido.

Trump fornece uma esperança de mudança e menos guerra, uma esperança de oposição aos tratados de livre comércio que foram terríveis para os trabalhadores americanos, e sobretudo, encarna o mesmo papel que 8 anos atrás Obama encarnou, o cara que não vem do “estabilishment”.

04 - VOTO DE PROTESTO

Se você não é um neoliberal nem um neoconservador, isto é, se você não precisa de um governante que represente Wall Street nem a indústria bélica, tudo que tem para votar em Hillary é apenas e somente o mesmo terrorismo midiático lançado sobre o Brexit, a de que votar em Trump será o fim da espécie humana, o apocalipse, o mal absoluto, e outras tolices.

Mas um eleitorado que foi doutrinado cotidianamente, conforme os valores do neoliberalismo clintoniano, a não acreditar muito na política, no governo, nos políticas, nas soluções coletivas, esse não votará em Hillary, porque ela encarna a oposição a seu discurso, votará no anti-candidato: Trump.

Hillary é a esperança declarada em alto e bom som da continuidade, de que tudo será como antes, absolutamente igual, ou para quem está mais bem informado dentro da esquerda americana, será sem absolutamente dúvida muito pior do que foi Obama, pois Hillary representa a ala direita do partido, de um partido, que no cenário americano, representaria a esquerda.

05 - REALISMO X IDEALISMO (MORNO X QUENTE)

Em um sistema eleitoral cujo voto é facultativo, realismo e continuísmo não é um discurso que faz alguém acordar cedo e dedicar todo seu dia ao voto, que faz alguém sair de casa em casa tentando defender seu candidato. O realismo de Clinton para um democrata é apenas “rendição aos fatos”, ao estabilishment, a vida como ela é. É usar o jogo que estar aí, e Hillary em seu realismo e sua posição “pragmática” sobre o estabilishment, virou o anti-Obama, virou sobre a mudança um grande: No, We Can’t.

Trump é a única chance viável de que o próximo eleito irá fazer alguma coisa diferente, e isso é tudo que um eleitor de Trump precisa acreditar. Ele não precisa gostar de Trump, de seu egocentrismo, de seu topete, da propaganda contra ele, ele só precisa confiar que ele apenas “pode” fazer algo diferente, é um ativo suficiente para empolgar alguém sobre a possibilidade de sua eleição.

Já a Hillary, esta já garantiu, ela não nada muda.

06 - FARSA DO APELO PELAS MINORIAS

Quem acompanhou o DNC até agora viu um show de horrores de apelação barata ao voto negro e latino, algo que insulta sem nenhum pudor a inteligência dos latinos, algo de um maniqueísmo tão ralo, tão baixo, tão piegas, que um movimento como “latinos for Trump” se converte em uma subversão extremamente atraente, irônica e divertida.

Latinos chorando, berrando, vociferando, várias celebridades repetindo frases banais em castelhano, apelando, olha, vote em nós, nós falamos em castelhando! É mais fácil assustar um nacionalista sobre o fim do idioma inglês em seu país, do que ganhar um voto latino com isso.

Tal canastrice concentra todo o apelo ao voto minoritário em um imenso castelo de cartas demagógico que Trump pode apenas soprar, basta apenas alguns apoios negros e latinos, e algumas menções carinhosas aos mexicanos, e tchau, minorias correm para o Trump!

Se a campanha do Trump for suficientemente competente, irá martelar na campanha que a única minoria que Hillary realmente representa, dada seu retrospecto política, a minoria sediada em Wall Street.

07 - PILARES DA PLUTOCRACIA EM CRISE

Há um problema: o partido democrata cresceu combatendo o discurso republicano do medo, e agora busca convencer seus eleitores a votarem por “medo do Trump”? Não há mídia, nem Clinton, nem Obama que consiga esconder o quanto não é carismática, nem coerente, nem consistente. Seus marqueteiros estão abertamente admitindo que amar a Hillary é inviável, só nos resta odiar seu oponente.

Hillary repousa apenas na propaganda e ela sabe disso. O problema dela é que enfrenta justamente um oponente que enfrentou uma coalizão bipartidária plurimidiática de todos contra ele, e venceu. As circunstâncias de Trump só melhoram, parte dos republicanos e as mídias que antes eram seus adversários nas prévias, agora lhe somam votos.

A rebeldia do Ted Cruz foi um fato crucial, seu golpe fracassado gerou um contra-golpe que desmoralizou os republicanos anti-trump e dizimou toda a dissidência que poderia ainda ameaçar Trump dentro do GOP.

Trump está enfrentando os pilares da plutocracia americana: mídia, lobby e doadores de campanha. Por ser um bilionário, ele não se curva aos doadores de campanha, ameaça os lobbies bélicos com o apaziguamento com a Rússia e o lobby de Wall Street com a oposição ao TPP; e por fim, a mídia, enfrenta de frente, e se vencer, a plutocracia será vencida, ele abre uma fenda, um precedente, que consideram perigoso.

Abalar o regime plutocrático, obviamente, não significa acabar com o poder que os ricos tem sobre o governo, apenas que suas instituições de poder estarão em risco e que esse precedente animará outros.

08 - SE AS PESQUISAS FALASSEM

A mídia americana está tão vendida e enviesada que quando a pesquisa é a favor de Trump, uma tropa de especialistas aparecem para jurar se tratar de um evento isolado. Foi o que aconteceu após o RNC, era apenas uma “curva” favorável a Trump, fenômeno “normal” após convenções. Pois bem, depois de 3 dias de convenções democratas, a curva permanece e em alguns casos cresce. Estão agora se questionando publicamente, será realmente apenas um efeito pós-convenção, quem sabe depois que Trump for eleito cheguem a alguma conclusão.

Todas as pesquisas estampavam para quem quisesse ver, sem nenhum variação, de que Hillary era a candidata menos confiável e mais impopular do país. E que mais da metade juravam nunca votar nela. Isso, obviamente, foi defendido por Bernie Sanders, para convencer as pessoas que era mais viável, porque todas as pesquisas também diziam que Bernie recebia mais voto que Hillary em oposição ao Trump.

Se a questão fosse realmente não eleger Trump, quem deveria ser o candidato? Uma que mais da metade do país não confia e jura não votar, ou alguém que está melhor em todas as pesquisas em relação a Trump? Contudo, a questão nunca foi essa, a questão é salvar o estabilishment e seu regime, e Bernie Sanders representava uma ameaça muito maior que Trump. O DNCLeaks provou como agiu a mídia.

09 - TRUMP ESTÁ A ESQUERDA DE HILLARY

Nessa estranha eleição, toda mídia parece um espelho invertido. Salon, um site que considerava mais objetivo e menos enviesado que Vox, ambos pró-democratas, a ovação de vários minutos que Sanders recebeu quando foi apresentado, a maior da noite, foi descrito como “seus correligionários não o deixavam falar”. Se algo desse nível chegou a um site como Salon, com certeza muito mais confiável que Vox, que se comportou em toda a campanha como máquina de propaganda de Clinton, então realmente é uma mídia falida moralmente, completamente cega e completamente vendida. Quando vemos algo assim na FoxNews, não nos assusta, porque é o que ele é e assume ser, porta-voz da alta-burguesia, mas o Salon?

Agora, no entanto, em vários temas, Trump, que é acusado de ser de extrema-direta, está a esquerda de Hillary. É o que chamam de populismo de direita, que Nigel Farage e Marine Le Pen representam.

Só há somente um único tema que Hillary e outros se agarram e tentam empurrar nessa direita populista o cunho de extremista: o discurso anti-imigração. Contudo, é uma argumento absolutamente frágil, basta denunciar que os interesses por fronteiras abertas serve apenas para fornecer acesso a mão de obras baratas dos imigrantes aos financiadores de campanha, para destronar o argumento pseudo-moral pró-imigrante.

Se querem ajudar imigrantes, ajudem economicamente os países para que eles não precisem emigrar, ao invés disso, o principal fluxo de imigração do mundo vem de países que o governo Obama e a secretária de Estado Hillary Clinton estão ou estiverem em guerra, Líbia e Síria. Eles causaram a crise migratória. Se a campanha de Trump souber empenhar esse argumento, o discurso pro-imigração democrata desaba.

10 - TESTE DE FOGO: MÍDIAS, REALMENTE SÃO ANTI-TRUMP?

É possível que alguns ainda acreditem que nas boas intensões dessas mídias vendidas e no farsa da propaganda anti-Trump? Talvez, e somente talvez, elas se opõem ao Trump porque realmente acreditam que ele é um mal maior que justifique votar em um mal menor (Hillary).

Ok, admitamos a boa fé das mentiras das mídias. Digamos que fazem um mal em nome de um bem. Considerando os fatos, a rejeição que a torna inelegível, a divisão democrata, as pesquisas, então, se quer evitar Trump de todas as maneiras em nome do bem da humanidade, já deve ter chegado a conclusão lógica que não será possível, absolutamente, através da candidatura de Hillary e através da pressão de sua propaganda tendenciosa (se acha que pode, revise os fatos das prévias do GOP).

Quem hoje pode unir o voto democrata, que tem zero rejeição, que compete no voto independente e anti-estabilishment, quem tem um discurso que pode minar tanto o apelo ao voto de Trump como candidato anti-sistema quanto unir as duas alas democratas, já que a ala pró-hillary res resume a um anti-Trumpismo? Quem? Só há uma, Jill Stein.

Se a mídia americana, realmente, quiser evitar a eleição de Trump, estaria devotando toda sua esperança nela e abandonando Hillary. Eles sabem disso, eles sabem disso muito mais do que eu e você. Eles sabiam desde o começo que Hillary era fraca e rejeitada, mas acreditaram que muita propaganda mudaria o jogo, e sobretudo, sabia que viria muito dinheiro para eles fazerem essa propaganda, mas o jogo não mudou, mesmo em plena convenção democrata Trump cresceu, ao invés de diminuir.

Podem hoje alegar ignorância? Podem hoje alegar, quando Trump for eleito, que não sabiam que a opção de Jill Stein era melhor do que a fraca e rejeitada Hillary? Não. Quando disserem, como disseram com relação as prévias, que a mídia elegeu Trump, teremos mais uma piada cruel". Porque seria possível que algo eleja alguém que somente ataca e maldiz, a única verdade sobre isso é que a ação desonesta da mídia contra Trump acabou colocando o eleitor em defesa dele, e aí sim, promoveu o mesmo.

A questão que fica é: então Trump será o fim do mundo? Minha resposta é muito simples. O que aconteceu com o mundo e o Reino Unido foi o fim do mundo pregado pela campanha anti-Brexit? O mesmo ocorrerá sob governo Trump e ele será na pior das hipóteses um novo Reagan.

 
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