Inflexão ...

Page 3


A ironia Trump…

Porque Trump irá vencer e a direita brasileira vai pirar

Os conservadores brasileiros (ou udenistas) estão em apuros porque não sabem se amam ou odeiam Trump, pois, de um lado a sua igreja (também conhecida como grande mídia) lança maldições contra ele, mas, por outro lado, ele representa a “direita” na contenda americana. Trump x Hillary é um bom exemplo de que o conflito nunca foi entre esquerda x direita, o grande capital de Wall Street está declaradamente do lado de Hillary, a suposta esquerda nas eleições americanas, por isso Trump virou um alvo.

O “populismo” do milionário Trump se aproxima muito mais das aspirações do povo americano, do que o “elitismo” pro-Wall Street de Hillary Clinton, o que gerou o assombroso e colossal enviesamento da imprensa, não só da liberal, mas também, oh ironia, da conservadora pró-republicana.

Contudo, uma vez vitorioso, como seria previsível, a...

Continue reading →


PÓS-BREXIT: O FUTURO DO PROJETO EUROPEU…

BREXIT: CENTRO-DIREITA VS EXTREMA-DIREITA

Não se deixe enganar, o que culminou no Brexit foi apenas um conflito paroquial de uma banda do espectro político europeu: a direita. Uma extrema-direita xenófobo/populista apoiada pelas classes médias e uma centro-direita elitista/financeirista apoiada pelas classes altas,. Mesmo tendo uma mártir nessa luta com o esfaqueamento de uma trabalhista por um nacionalista, a esquerda é mera espectadora nesse debate.

O que está em causa? Cameron x Boris, Bush x Trump, elitistas x populistas, globalistas x nacionalistas, altlanticistas x soberanistas, centro-direita x extrema-direita? Há muitas digitais semânticas nesse “debate”: a crítica da “xenofobia” para uns, é apenas defesa do fluxo de mão de obra barata dos imigrantes. O “roubo de empregos” para outros, nada mais é do que explorar o ressentimento étnico para desviar a culpa da crise para os...

Continue reading →


Até tu, Trump?

Os udenistas estão em surto com a corrida presidencial americana: Um socialista crescendo? Um conservador sendo linchado? Crítica em ambos os lados contra os ricos? Oh, os EUA viraram comunistas!

É uma mistura de ironia e paradoxo, porque sendo Trump um outsider, simplesmente não há fonte convencional midiática americana para salvar a cara de nossa midiocracia reacionária. Um medíocre da Veja, inclusive, chega a acusar a “imprensa esquerdista brasileira” (Folha, Globo) por fazer uma cobertura negativa de Trump, será para este cretino a National Review também é “imprensa esquerdista brasileira” por se opor ao Trump.

Alguém que chama a Globo ou Folha de esquerdista só pode ter sofrido uma lobotomia ou não saber absolutamente nada do que escreve. Ao contrário do que pensa Veja, para os conservadores reais americanos o Trump é, na verdade, um esquerdista encubado, por ter apoiado os...

Continue reading →


Socialismo = Comunismo?

Com o sucesso repentino e improvável de Sanders nas eleições americanas, o conceito de socialismo virou uma querela bestiológica da “grande imprensa”. Tanto para a esquerda americana que enfatiza que Sanders não é socialista, ganhando um espaço inédito na “grande imprensa” americana na esperança de desencantar o eleitorado sandernista, quanto para a direita que enfatiza que sendo socialista, é, logo, também um comunista, esperando que o “comunismo” surta o efeito terrorista que o “socialismo” não provoca mais.

Observação: o termo “socialismo asiático” é utilizado aqui sem conotação étnica, não atribui seu conteúdo a etnia “asiática”, mas se utiliza apenas de um recorte geográfico aproximado que se encaixa no argumento, pois, com se sabe, o “leste europeu” seguia esse “socialismo asiático”.

SOCIALISMO EUROPEU x SOCIALISMO ASIÁTICO

Há duas versão contemporâneas para a acepção de...

Continue reading →


#FellTheBern e as chances de um socialismo americano

Quebrou-se o tabu, com tudo que já ocorreu até aqui, Sanders já garantiu essa nada irrelavante vitória do “rótulo” socialismo. Agora, como diz o poeta, para que dê um passo adiante: “tem de morrer para germinar”. Pode parecer pouco intuitivo afirmar isso, que a derrota de Sanders seja a melhor oportunidade do socialismo americano, mas para entender isso, deve ter em mente a situação crônica da economia americana:

  • crise fiscal aguda
  • radicalização política
  • bolha de ações monumental

Os dois primeiros fatos são bem evidentes, com uma crise fiscal crônica, a margem de ação “socialista” custará uma verdadeira revolução fiscal. O fato mais importante é que a mobilização necessária para algo dessa magnitude exigiria uma vitória eleitoral na zona dos 90%. Sabemos que especulações sobre a inegebilidade de Sanders eram tão falsas quanto o caráter da Hillary Clinton, mas vencer com essa margem...

Continue reading →


2016 : as dramáticas tensões pre-eleitorais americanas

Em 2016 teremos “eleições imperiais” e as primárias estão realmente bem “emocionantes”. Entre republicanos e democratas crescem candidaturas anti-estabilishment, com o “socialista” Bernie entre os democratas e o “capitalista” Trump entre os republicanos. Alguns comentaristas esportivos diriam que seria uma espécie de clássico da luta de classes internacional. De fato, em espetáculo, nada supera a democracia americana.

Nos EUA a política tem muitas camadas. Em tese, dados os partidos registrados, a democracia americana é multipartidária, mas na prática, dois partidos se revesam no poder em uma ditadura bipartidária perfeita. Contudo, analisando seriamente as políticas desse estabilishment bipartidário, como Hillary e Ted Cruz, veremos um regime de partido único com briguinhas cosméticas sob os favores de Wall Street.

Além do bem assimilado multipartidarismo bipartidário, a democracia...

Continue reading →


Hegel e a filosofia histórica

Hegel formulou a maior síntese da filosofia moderna, considerando que as grandes filosofias foram elas também grandes sínteses, como a da filosofia de Platão, Aristóteles, etc. O seu legado na lógica através de sua dialética idealista imanente é bem reconhecida, mas seu legado epistemológico historicista não recebeu o mesmo reconhecimento, ainda que a maior culpa se deva a seu emaranhado obscurantista e apologista do Estado prussiano.

A filosofia histórica de Hegel rompeu a dicotomia fundamental que nasceu na filosofia desde Tales de Mileto, a oposição entre “natureza” e “convenções”, colocando como convenções o que há de “senso comum”, “arbitrário”, “ilógico”, “opinativo” e “acidental”. Enquanto como natureza entende o que é imanente, necessário, verdadeiro, científico, e mais importante, a natureza era a verdade porque era a face imutável das coisas.

Mesmo antes de Darwin atropelar o...

Continue reading →


Deu a louca no império!

A força militar nazista estava a frente de seus congêneres militarmente com sua tática de BlitzKrieg e seus oficiais bem treinados, mas Hitler cometeu um erro fatal, acreditou na massa de mentira que criou, acreditou no mito da invencibilidade e superioridade da sua raça. Se Hitler tivesse cometido o perigoso bom senso de recuar antes do inverno russo, como tanto apelaram seus generais, o regime nazista teria sobrevivido e tolerado por muitos anos tal como foi tolerado até bom pouco tempo atrás no ocidente o Apartheid na Africa do Sul.

O nazismo e o fascismo foram todos mistificados sob um conceito vago que não significa absolutamente nada, o totalitarismo. Mas o que eram, formalmente e abertamente, o que dava a eles coesão ideológica não era a “absolutismo estatal”, pois, como se sabe, e é pouco noticiado, o primeiro programa de privatização em massa surgiu na Itália de Mussolini e foi...

Continue reading →


Regras ou Mandamentos? Ou porque a Globo está caindo…

É preciso antes de mais nada afirmar que o mero sucesso da novela da Record é um bem-vindo alívio ao “absolutismo” da Globo, mas, sejamos francos, o que os 10 Mandamentos fez não é vencer a Globo através de um conteúdo superior, como foi, por exemplo, a novela Pantanal, mas com um enredo piegas, “defeitos especiais”, interpretações ruins. Queria muito que não o fosse, preferia que fosse uma novela incrível que nos desse esperança de uma concorrente competitiva, mas realmente não é.

Contudo, se está errado quem pensa que a Record fez uma obra-prima, mais errado está aqueles que desprezam o grande feito da novela da Record, pois se fosse produto do mero talento teríamos um fenômeno passageiro, a Globo contrataria os principais envolvidos com o sucesso, como ocorreu com Pantanal, e fim de papo. Mas justamente por estar vencendo a Globo, mesmo com um produto “mal acabado” e enfrentando o...

Continue reading →


Donald Trump: a vitória do politicamente incorreto!

O que é Trump? Pense bem, olhe todas essas manchetes berrantes, enlouquecidas e escandolosas contra ele e se pergunte, o que é Trump mais uma vez? Bem, olhe em perspectiva, a resposta está a sua frente. Um dos maiores mantras repetidos por iluminares como Sara Palim nos últimos anos é citar Thomas Jefferson, que prefere “jornais sem governo” do que “governo sem jornais”, uma disjuntiva delirante, sem dúvida, mas que nos revela os “formadores de opinião” do eleitorado trumpista.

Não!? Senão, vejamos…

  • politicamente incorreto (antipolitica)
  • supremacia americana
  • moral capitalista

O que nessas três qualidades de Trump não foi devidamente exaltado a exaustão desde Reagan no mundo ocidental? Alguém nos EUA, seja na direita, seja na esquerda, questionou o politicamente incorreto? Questionou o orgulho americano? Isto é, nação imprencindível, excepcional, superior os efeminados europeus, aos...

Continue reading →